21.12.07

Rapa Nui (Ilha da Páscoa)

Quando vimos Rapa Nui pela primeira vez apercebemo-nos que afinal existe. Não se resume apenas a histórias e sonhos de infância.

5 comentários:

Ana disse...

Gosto mesmo muito..:)
Quem me dera estar por aí..
Saudades..
Beijinho grande**

bruno cunha disse...

Boas Festas para vocês!!!
Bruno

Ricardo (www.voodagarca.pt) disse...

Olá Primos:

Finalmente as fotos de Rapa Nui!!!
Nem imaginam a quantidade de vezes que já passei por ai com a ajuda do Google Earth... eh eh eh. E as fotos do Tahiti?? Devem estar tão boas que nem se conseguem decidir...
Beijos e abraços e FELIZ NATAL
Ricardo, Filipa e Marta

Ana disse...

Claro que nos lembramos!:)
É uma professora que jamais nos iremos esquecer.!:')
Também temos mesmo muitas saudades.
Agora resta-me desejar um Feliz Natal, tudo de bom, e um optimo ano 2008. Entre com o pé direito..:D Um beijinho enorme*
A Aluna Ana Túlio..:)

Ana rr disse...

Neste início de ano, e depois de tantas mensagens inspiradas, que bem merecem, deixo-vos apenas um texto que reli por estes dias. Enquanto o relia, lembrei-me de vocês. Porque será? Um texto em forma de carta de despedida que Gabriel Garcia Marquez enviou aos seus amigos e que, graças à Internet, foi difundida. A sua leitura é recomendada porque é verdadeiramente comovedor este texto escrito por um dos latino-americanos mais brilhantes dos
últimos tempos - perante a proximidade da morte.

"Se por um instante Deus se esquecesse de que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo. Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros param, acordaria quando os outros dormem. Ouviria quando os outros falam, e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate!
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto, não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria o meu ódio sobre o gelo e esperava que nascesse o sol. Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que ofereceria à lua. Regaria as rosas com as minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas... Meu Deus, se eu tivesse um pouco de vida... Não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas. Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo amor. Aos homens provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar! A uma criança, dar-lhe-ia asas, mas teria que aprender a voar sozinha. Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta. Aprendi que quando um recém-nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, o tem agarrado para sempre. Aprendi que um homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer..."
GABRIEL GARCIA MARQUEZ