14.1.08

Polinésia Francesa (Tahiti, Moorea, Huaihine e Raiatea)

Era uma vez. Uma imagem.
De uma família a receber-nos no Tahiti com colares de silêncio e flores brancas. Tínhamos acabado de chegar a um lugar onde tudo é diferente. Onde se apaga o resto do mundo e a terra nos foge dos pés. Onde tudo se passa dentro do peito.

Era uma vez. Um sopro.
De verde. De azul. De acaso. A cada passo quase um abismo.
Numa primeira volta à ilha uma tontura de imensidão impede-nos de acreditar. Depois, de mansinho, conseguimos levantar os olhos. São as árvores que começam. Pesadas, debruçam-se para nos oferecerem fruta. Quase sentimos o alívio. Num instante seguinte, imperceptível, o mar inunda-nos com corais e transparência. E não deixamos de ser nós. Só passamos a ser mais terra.

Era uma vez. Um espanto.
Numa ilha tão longe que pensamos que não existe. Em Huahine. Descobrimos que se pode respirar enquanto se vive a novidade. Um casal com cinco filhos mostrou-nos isso quando nos recebeu dentro da sua humanidade. Não sei o que aprendemos. Que os mortos se enterram na areia do jardim? Que se pode viver ao ritmo do sol? Que há árvores que nos abraçam? Não sei. Talvez não seja preciso aprender nada.

Era uma vez. Uma dança. Uma montanha. Uma ilha sem ninguém.
Em que os braços falam da chuva e da memória com uma harmonia que não cabe nas mãos. Em que os pés sobem com surpresa. Onde a recordação é demasiado grande para se guardar.

Era uma vez. Um início.
Quando nos despedimos e recebemos de cada pessoa um colar de búzios.
Não significam o nosso regresso. Emprestam a voz ao desejo que regressemos. Acrescentam-nos.
Era uma vez uma crónica diferente. Sem linhas de invenção. Porque sim. E porque há momentos que nos transformam a vida. Simples instantes ou dias inteiros. Como estes.
C.
(pode ler-se também no Miniscente)

Tahiti

Chegada ao Tahiti com uma calorosa recepção polinésia.
O Robert, a Natalie, a Edith e os jornalistas do “Dépeche du Tahiti” esperavam-nos à uma da manhã sob uma tempestade tropical.

Teahupoo


A mítica onda Taitiana, ao longe, num dia pequeno.

Inside de Teahupoo, Tahiti


Uma pequena, muito pequena, amostra da perfeição.

Tahiti

Quando ainda não tinha prancha… e posso sempre dizer que fiz umas carreirinhas em Teahupoo!

Mahina, Tahiti


Danças Polinésias junto à Praia de Point Venus.

Moorea



Uma urbanização com um bom quintal.

Floresta de Moorea


Caminhada até ao cume “Trois Cocotiers”. Impressionante…

Moorea

Com a Cecile, a nossa anfitriã em Moorea (com muita pena o Vincent teve que ficar a trabalhar).

Moorea



No momento em que entrámos na água (a uns meros 30º!).
Quando começámos a nadar nem queríamos acreditar: corais, peixes de todas as cores e dezenas de raias e tubarões (segundo a versão dos locais, vegetarianos!) rodeavam-nos com curiosidade. O medo dispersa-se no meio de tanta vida.

Tartarugas Marinhas. Moorea


Neste recanto do Pacífico os aquários não têm vidros. A liberdade é mútua.

Uma praia em Moorea.

Huahine

A casa da família que nos acolheu e o jardim onde passávamos cada entardecer. Bem-vindos ao paraíso…

Huahine



A Cristelle e o Terii têm cinco filhos: estes são o Teriitamairohutu e o Teriihia. Foram dias especiais.

Enguias Sagradas de Huahine


A Leilani alimenta-as com pão.

Huahine

Entre português, francês e taitiano encontrámos um entendimento puro. Estou com o Teraiihiuanui,o Teriihia e o Teriitamairohutu.

Huahine


Com o Teriitamairohutu, a Leilani e o Teraiihiuanui a espreitar para aparecer na fotografia!

Huahine

O Teriitamairohutu e o Miguel numa conversa a sós.

Huahine

O Teriitamairohutu ensinou-me um jogo em taitiano. Este é o instante antes do final… Não sei quem se estava a divertir mais.

Huahine

A Herenui e o Teriihia traziam-nos mais pinhões. (Teraiihiuanui e Leilani na fotografia)

Huaihine


Raiatea

De barco com o nosso amigo Alex até um dos muitos motus (pequenas ilhas desertas).

Raiatea



Na praia de um motu.

Raiatea

O Miguel a chegar, já de noite, de uma volta pela ilha no Vahaa de um amigo.

A ilha Tahaa


Mahina, Tahiti


De novo no Tahiti, numa festa de despedida. Robert, Natalie e Fred.

Tahiti

Entre amigos. Obrigado, Maururu, Merci Edith, Robert, Jean Claude, Natalie, Fred e Moana) farão sempre parte da nossa vida.